Educação

Já muitas vezes disse aqui à minha colega Cherrie: " Um dia ainda vou morder a lingua!"... de cada vez que criticava certos comportamentos de crianças com algum déficit na parte do bom comportamento ou excesso de energia mal distribuída! Sempre tive uma ideia muito "rígida" (sem ser inflexível) relativamente à educação de crianças.De tal forma que participei na do meu irmão, visto a grande diferença de idades. Mal ou bem, a minha mãe chamava-me de sargento (o que não dá uma ideia muito abonatória de moi meme), mas se mesmo assim o meu irmão me adora por algum motivo deve ser. Ora vejamos: Se a ideia é incutirmos o que é certo ou errado, o que eles podem ou não fazer (ou fazer dentro de determinadas regras) porque havemos de recorrer a subterfúgios para escaparmos às mesmas e assim dar armas aos "pequenos príncipes" para que possam fugir a todas as normas que consideramos correctas. Se dizemos : ali não se mexe e deixamos mexer sem qualquer reprimenda como hão-de entender a ordem dada? Se não queremos que comam doces a torto e a direito porque enchemos deles a nossa casa, bem ao alcance das maõzitas ávidas por agarrá-los? Em criança levei a minha sapatada no rabo e lá por isso os meus pais não me espancavam com porrada nem isso era considerado "maus tratos". Aliás, só os olhos do meu pai muitas vezes chegavam para incutir respeito. Ensinavam-nos a ser educados com os outros, a dizer Bom dia ou Obrigado, mesmo que a nossa vergonha nos fizesse andar com a cara espetada para o chão (envergonhado não quer dizer malcriado). O passarmos na escola não queria obrigatóriamente dizer prenda no final do ano, queria dizer que cumprimos a nossa obrigação e o agrado era feito quando o pai pudesse/quizesse. Agora o agrado é feito mesmo como forma de "presentear" o mau comportamento (mesmo que não seja essa a intenção). Sinto-me revoltada por ver que os pais não chamam a atenção dos filhos quando estes fazem alguma coisa mal, porque se encontram em público e não querem "passar vergonhas" ou "para não se chatearem". E muitas vezes em casa deixam passar o mal feito e "na escola que os ensinem". Demitirmo-nos de ser pais não devia ser opção. O carinho e o amor muitas vezes é dado também com um "Não". Os briquedos e doces não substituem a presença dos pais. O meu filho tem 5 meses, tenho ainda muito para aprender também e espero conseguir colocar em práctica as minhas ideias, os meus valores. E tenho a certeza que ele sorri mais abertamente com a minha atenção do que com qualquer "coisa nova" que lhe estenda à frente! Posso ser "rígida" mas não quero ser incoerente!

publicado por cloudy às 16:29
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