Médicos...

Já anteriormente noutro bolg tinha escrito sobre este assunto.

Eu acho que qualquer profissão tem de ter a sua quota parte de humanismo, seja com os clientes, seja com os colegas. Talvez não seja um problema da profissão, mas da pessoa em si. Por mais cansados que andemos e com vontade de ripostar com Deus e o mundo, não justifica que os nossos interlocutores tenham de levar com o nosso mau humor ou que demos respostas tortas por "dá cá aquela palha". Podemos sentir isso em todo o lado, mas quando vem da parte de um médico parece que ainda nos deita mais abaixo. Supostamente quando nos dirigimos a um centro de saúde ou hospital já nos encontramos numa situação mais fragilizada em que dispensaríamos os comentários mais sarcásticos e juízos de valor de certos srs. doutores que parecem mais estar à espera que se lhes faça uma vénia de cada vez que passam por nós. Senti ultimamente mais isso com o meu filho e certos pediatras de hospital público que (felizmente) só o viram de passagem. Com profissionalismo, é certo, mas com alguma falta de tacto para com os pais. É esperado que as crianças sejam vistas por pediatras, sim, mas infelizmente nem todos os pais têm possibilidades para correr com eles para médicos privados. É lamentável, conforme verifiquei, que consoante se pague ou não ao médico, o tratamento dado ao nosso filho seja diferente (que esperava eu... mas serão uns mais pediatras que os outros, ou usam o diploma consoante o dinheiro que lhes aparece à frente ou a instituição onde se apresentam?). O meu filho para ser bem medicado precisou ir a um pediatra privado. Os pediatras da função publica aparentemente não poderiam receitar a medicação que ele precisava para melhorar? Seria necessário deixá-lo a definhar?

Outra questão é a das informações. Costumo comparar-me aqueles clientes que têm um animal pela primeira vez. Eu com o primeiro filho quero saber tudo aquilo que preciso fazer para o bem estar e a saúde dele. As informações variam consoante o médico. Uma pediatra do público aconselhou-me mesmo a ser acompanhada por um privado (dá vontade de perguntar o que está ela ali a fazer) e que as vacinas da meningite que vou dar agora (que recomecei a trabalhar e a receber) já deviam ter sido dadas há mais tempo. E note-se que isto não foi uma informação foi à laia de "puxão de orelhas"...

Se eu tivesse o dinheiro que eles ganham, certamente teria um pediatra privado, seguro de saúde e as vacinas da meningite feitas a tempo e horas.

Caros srs doutores, talvez uma uniformização das informações dadas, uns esclarecimentos bem feitos, não importando qual as habilitações dos pais, pois há várias maneiras de explicar, respeito pelas condições dos pais (porque nem sempre é falta de informação mas de possibilidades)... Conclusão... talvez um pouco mais de atenção pela pessoa que têm à frente, o que vai muito além daquilo que os livros ou os processos que estão no computador dizem. Um género de páre, escute e olhe a PESSOA que tem à sua frente.

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publicado por cloudy às 15:38
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